sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Incondicional... Em condicional...


Notícia do dia: "Aprovação de Lula bate novo record - Pesquisa Datafolha mostra que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva é considerado ótimo ou bom por 70% dos brasileiros, maior aprovação de um presidente desde 1990, no período da redemocratização. O recorde anterior era do próprio Lula, avaliado positivamente por 64% em setembro" - Fonte: Folha de São Paulo.



Bem, prefiro não comentar, política não já não é muito "discutível", em um blog então...



De ontem pra hoje estou pensando constantemente a mesma coisa: quando um relacionamento deixa de ser incondicional para ser "em condicional"? De uma hora pra outra uma pessoa entra nas nossas vidas, toma conta da gente, vai se entranhando na nossa alma, causa-nos transições entre os verbos gostar, apaixonar, amar... "Incondicionalmente" as coisas vão caminhando com uma grande jornada, nos fazendo descobrir-nos... É bonito, é meigo, é um tremer sem fim, corações disparados, corpos, salivas, momentos... Assim mesmo, como este texto: cheio de reticências! É "sempre" um aguardar, um esperar... Por um abraço, por um beijo, por uma palavra inesquecível por um dia assistindo filmes de mãos dadas e um acordar com cara de "abraça-me"! E tudo vai caminhando, caminhando, caminhando, e a palavra incondicional vai ser tornando distinta... Tomando outra forma, outro modelo... Será? Ou apenas em mim esta mudança chegou?

Parece-me, agora, que meus momentos deixaram de ser incondicionais e passaram a ser "em condicional"... Se não for isto, é assim, se for isto é de outro jeito, "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come"... Se... Se... Se... Se... Se... E custa-me ouvir: "Antes não existia isso, estas determinações"... E onde foi que elas começaram a surgir? Onde elas surgem? De onde parte esta mudança em letras de sentidos?

Ahhhhh, como minha cabeça pesa sem as respostas... E o próprio buscar respostas é uma condição! Ou não?

Existe condição para a saudade? Sei que sinto saudade até do que eu não queria viver mais, e estou praticamente decretando em mim a saudade como o sentimento mais incondicional do "existir humano"!

Muita coisa para o meu dia... E Nem quero estafar possíveis leitores... rs

Que fique a pergunta: alguém consegue me dizer em que parte da história uma palavra se torna duas?

E a música do dia é a seguinte:


Um pequeno imprevisto - Os Paralamas do Sucesso


Eu quis querer o que o vento não leva
Pra que o vento só levasse que eu não quero
Eu quis amar o que o tempo não muda
Pra que quem eu amo não mudasse nunca
Eu quis prever o futuro
Consertar o passado
Calculando os riscos bem devagar
Ponderado
Perfeitamente equilibrado
Até que um dia qualquer
Eu vi que alguma coisa mudara
Trocaram os nomes das ruas
E as pessoas tinham outras caras
No céu havia nove luas
E nunca mais encontrei minha casa
No céu havia nove luas
E nunca mais encontrei minha casa.




Um comentário:

Jorge, FLÁVIA disse...

confusões minha cara, dessas que realmente pesam...
o nosso problema é um só, pensamos demais, em hipóteses, possibilidades e os 'se' da vida vão tomando liberdade de nos confundir...

relaxe...

bom demais poder saber de vc, msm q seja de algumas confusões.

bjo de sexta-feira.